Quem Somos
Houve o tempo em que Freud debruçava-se em sua clínica a fim de fundar a Psicanálise. Tão logo, é confrontado. Seria possível a Psicanálise? Depois, como sustentá-la? Seriam todas as pessoas analisáveis? Qual a posição do analista, desde onde?
Desde então, não cessam as questões acerca do que concerne o atendimento do sujeito em sofrimento psíquico. Hoje nos perguntamos: qual é o limite? A psicanálise saiu dos consultórios privados a passear pelas ruas, instituições, praças e segue operando efeitos significativos na experiência humana.
O novo sobrevém quase sempre enfrentando o já dito, mas, não obstante, tem caminhado para frente. Aonde nos levará? De novo, qual é o limite? Essa tentativa loucamente humana de controlar o futuro, podemos compreender, tem fracassado.
Nessa perspectiva, nos conectamos “em linha”, alinhados com nosso fazer clínico, prezando pelo estudo e ética que nos guia, ao que se apresenta. Não há garantias. Nunca haverá. Não prometemos. Tampouco sugerimos. Podemos, sim, escutar. E ler o que se enuncia. Isso é o que temos feito em nossos consultórios, há mais de 20 anos. Assim surge a clínica Escuta online.
Sócios Fundadores
Profissionais da Área da Saúde Mental (Psicólogos), Sócios Fundadores do Escuta Online, Clínica de Atendimento Psicológico.

Adriana Zuñeda Peres
psicolÓga/psIcanalista

Andreia Ponsi
psicÓloga/psicanalista

Rogério Tubino
psicÓlogo
Nossa História
A clínica Escuta Online começou a ser pensada em 2018. Tínhamos alguns pontos claros e muitos outros, imprecisos. Assim, fomos pensando como transportar dos nossos consultórios, o espaço ético, seguro e responsável das nossas escutas, para o universo virtual, que já vinha se mostrando inevitável.
Entendemos que uma escolha muito dificilmente pode ser feita sem perdas, mas também nunca tivemos a pretensão de não tê-las. Estávamos ( e seguimos) dispostos a levar à sério as mudanças no estilo de vida que nos tem sido apresentadas diariamente, em todos os lugares, sempre ligadas a um pequeno retângulo eletrônico na palma das mãos.
Pretendíamos facilitar, quem sabe ampliar o acesso à psicanálise, diminuir de distancias físicas, por algum motivo, obstaculizantes, favorecer as transferências, por algum motivo, ou por qualquer via, já estabelecidas.
Assim, discorremos à inúmeras reflexões teórico-clínicas que nos embasaram a respeito dos efeitos da mudança de setting terapêutico, da posição do analista, do sujeito ou sobre como assegurar o sigilo, que tradutor usar, para tornar possível duas linguagens tão distintas.
Nós achamos que isso era uma preocupação, até sermos atropelados pela pandemia. Exatamente como surgem as urgências, deixamos essa discussão em segundo plano frente à decisão de darmos continuidade aos atendimentos de nossos pacientes. Mais do que isso, nos encontramos provocados e convocados ao início de novas escutas.
Fazendo-se necessário o distanciamento (físico) social, em que o atendimento psicológico online deixa de ser uma ousadia e passa a ser fundamental, testemunhamos um dos momentos mais bonitos do nosso fazer, da comunidade psicanalítica, onde de um dia para o outro, mesmo privados do jeito que sabíamos viver as nossas vidas, seguimos nosso fazer. Movimentando-nos na direção de sustentar o lugar mais caro de nossa clínica, a compreensão de que a palavra é o que pode dar borda (limite) ao que é arrasador.
Os atendimentos online, antes tão questionados, se tornaram o recurso possível diante do necessário distanciamento social e, consequentemente da ameaça da descontinuidade das escutas dos nossos pacientes, num momento tão singular para cada um e para todos nós,
Neste momento, para lidar com a nova realidade, o uso da tecnologia para o atendimento psicológico deixou de ser uma opção para se tornar uma solução.